A
American College Cardiology e a Amercan Heart Association divulgaram em
novembro de 2013 um
novo guia clínico que amplia a prescrição de medicamentos
para diminuição dos níveis de colesterol em adultos. O objetivo dessas
organizações é promover estudos para prevenir doenças cardiovasculares,
publicando guias, padrões e políticas que ajudem na assistência ao paciente.
E
quais são essas mudanças? Segundo as novas diretrizes, diabéticos ou pessoas
com eventos cardíacos prévios, independente do valor LDL, devem tomar remédios.
Provavelmente, isso fará com que a venda de estatinas aumente.
Vamos
à estatística: se uma pessoa tem 20% de risco de uma doença cardiovascular,
medicá-la pode reduzir o risco, por exemplo, a 16%. Será que esses 4% de
redução vão melhorar ou mudar a vida dessa pessoa?
Será
mesmo que abaixar o colesterol à custa de medicamentos aumenta (e melhora) a
vida de pessoas saudáveis?
Até
que ponto essa alteração dos níveis de colesterol não está atrelada à indústria
farmacêutica?
Quem
financia as pesquisas? (segundo o jornal The
Boston Globe, metade dos membros do comitê que redigiu as recomendações
sobre o tratamento do colesterol tinha laços financeiros com os fabricantes de
remédios mais usados).
Quais
os efeitos colaterais de medicamentos para controlar os níveis de colesterol?
Já se sabe que estatinas podem provocar fraqueza muscular e perda de memória,
além de problemas no fígado.
Com
certeza, os laboratórios farmacêuticos vão ganhar ainda mais vendendo mais
medicamentos.
Mas
uma coisa é importante nesse guia: continua sendo verdade que o que mais
aumenta a longevidade é o exercício físico, manter o peso saudável e não fumar.
Propostas bem mais baratas e sem contraindicações.
Observação 1: Nos padrões atuais, recomenda-se que o colesterol total seja menor que 200 mg/dL; o HDL maior que 60 mg/dL, o LDL menor que 100 mg/dL e o triglicérides menor que 150 mg/dL.
Observação 2: Nos novos padrões propostos, o nível máximo de LDL deve ser de 70 mg/dL
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