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domingo, 30 de agosto de 2015

Esclerose múltipla e exercício físico

30 de agosto é o dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM).
A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central, auto-imune, inflamatória, crônica e progressiva. Estima-se que no Brasil existam 30 mil pessoas com a doença. O diagnóstico é difícil pois os sintomas são parecidos com muitas outras doenças.
Ainda há muito o que pesquisar e conhecer sobre a EM, mas já ocorreram avanços.
Existe um grupo australiano, cujo fundador é médico e tem esclerose múltipla, estudando a doença. Já existem estudos mostrando que alimentação com pouca ingestão de proteína animal, exposição ao sol, controle do estresse e exercícios físicos moderados aliviam os sintomas da doença e retardam sua progressão.
Aliás, atividade física diária e orientada por profissional é imprescindível para quem tem esclerose múltipla, independentemente do grau da doença (veja publicação da Therapeutic Advances in Neurological Disorders - http://tan.sagepub.com/content/8/3/123.short?rss=1&ssource=mfr). Por muitos anos, médicos acreditavam que pacientes com EM não deveriam fazer atividade física nenhuma.
A maioria dos pacientes com EM reclama que a fadiga é um fator que atrapalha as atividades do dia-a-dia. Atividades físicas regulares ajudam a combater e minimizar a fadiga. Músculos que não são usados de maneira regular se tornam fracos e, portanto, será necessário mais esforço e energia para a realização de tarefas simples, o que pode levar a um declínio rápido de capacidades nos pacientes.
O importante ao prescrever exercícios aos pacientes com EM é fazer com que estes sejam exercícios de intensidade moderada e, sempre, adaptar exercícios conforme os pacientes vão dando retorno. Deve-se incluir exercícios de força, equilíbrio e coordenação.
Em uma revisão publicada em 2012 no mesmo Therapeutic Advances in Neurological Disorders, sugere-se o Ioga, o Tai-Chi e exercícios de estabilidade do CORE, já que muitos pacientes com EM experimentam ansiedade e problemas de equilíbrio e mobilidade, o que dificulta a execução das atividades rotineiras.
A seguir, um vídeo em que o profissional de saúde da Sociedade Portuguesa de EM utiliza uma banda elástica para uma série de exercícios.
Prof. André "Terrinha" Almeida